terça-feira, 18 de maio de 2010

Dois eternos amigos, amigos de eras eternas de quando ela brincava de boneca e ele ainda era mais velho com suas roupas jogadas e cabelo arrepiado.
Eles acabaram crescendo, ela sempre ali, e ele também apenas esperando que o amor os flechasse, mais nada aconteceu, e aquilo foi passando, risadas nas caminhadas indo pra casa, conversas no telefone que duravam horas, mais sem o amor sorrir, ela acabou se acostumando com o seu estar do lado incondicionalmente, com ele a amando, e a tratando como uma menininha, fazendo ela ver que ele estava ali, e quando ela foi lhe dizer adeus, o adeus mais triste pois sua família estava indo embora e tinha que acompanha-los.
Naquele momento ela sentiu lágrimas rebeldes escorrerem pelos seu olhos, ele a abraçou sem conseguir ver as lágrimas dela que se juntavam com as dele, ver o amor partir não era nem um pouco fácil pra nenhum ninguém e não seria para eles, ela sentia quando abraçava aquele forte corpo que ela também o amava.
Não demorou muito ao voltar, e a continuar a conversar com seu amigo, agora parecia distante, longe, e nem seus olhos mais se viam, mais ainda continuavam tão ligados como nunca.
Quando ele olhava a lua, ela estava sendo iluminava, quando ele chorava, o coração dela doía, quando ele cantava pra ela, ela sorria por dentro, e quando eles brigavam eles não conseguiam ficar sem se desculpar.
Só que o amor não é o mesmo quando um adeus o corta ao meio, e eles nunca mais ficaram juntos e nunca um beijo selou seus lábios.
Ela continuo a vida, amores que não lhe davam valor sempre sendo espinhos em sua flor, sempre levando a ela procurar o ombro amigo e conselhos dele, e ele ali atento ouvindo cada palavra e recorrendo a ela quando não sabia se alguém iria lhe amar.
Um dia ela casou, e ele foi padrinho, vendo o amor da sua vida casar, ele chorou e não escondeu, ela estava linda e ele queria estar ali sendo aquele a lhe esperar no altar, ele queria ser dela, e se perguntava dentro de si com raiva o porque ela não percebia isso?
Ela sorriu para ele ao entrar, e ele não se contentava de alegria.
Ela foi dizer sim, ele fechou seus olhos não podia ver, não podia ouvir, quando ela o buscou no meio da multidão ele não estava ali.
Ela lembrou de tudo que eles tinham vivido até ali, lembrou que ele sempre havia segurado sua mão, sempre presente e cuidando quando estava doente, e aquele que estava ao seu lado?
O que ele já tinha feito, sendo incensível a suas palavras de amor?
Seus olhos percorreram aquela igreja que em sua mente parecia desabar, ela só percebeu que tinha saído correndo quando olhou pra trás e viu todos os convidados á olhando fora da igreja e um cachorrinho segurando um bilhete perto dela, ela pegou o bilhete que dizia, que não podia esperar por um beijo dela.
Ele estava a olhando com o mais belo sorriso nos lábios, e sem saber porque ele parecia mais bonito que nunca e ela mais feliz do que um dia poderia sentir.
Ele a beijou e foi o beijo mais lindo de toda historia cliché romântica que acompanha sempre aqueles "foram felizes para sempre."
Ela não era a princesa, ele não era o príncipe, mais tiveram uma vida comum, com brigas, ciumes, e palavras românticas sussurradas ao pé do ouvido.

E os beijos que duravam a eternidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário